segunda-feira, 30 de maio de 2011

Superfície Frontal

As superfícies frontais ocorrem quando o ar frio actua como uma barreira por cima de uma camada de ar, menos densa e quente, que ascende na atmosfera.
Uma violenta ascensão é necessária para a formação de nuvens. Contudo, a estabilidade do ar condiciona a extensão e o tipo de nuvem formada e a quantidade de precipitação que pode ser esperada.
Estas frentes termais são parte do sistema de tempestades, denominadas ciclones. Estes ciclones são responsáveis pela precipitação em grande quantidade nas latitudes médias.

Cartas Meteorológicas de Superfície

Cartas meteorológicas são representações gráficas sobre áreas geográficas de um ou mais elementos e/ou grandezas meteorológicos e são um auxílio precioso para melhor compreender o comportamento da atmosfera num determinado instante e a sua evolução provável no futuro.
Como exemplo de cartas meteorológicas, e que são simultaneamente das mais comuns, salienta-se as cartas com a marcação de observações meteorológicas (quer à superfície, quer em altitude) e as que resultam de análises e previsões decorrentes da execução de modelos numéricos de previsão do tempo.
A combinação do conhecimento científico e técnico do meteorologista-da com diferentes tecnologias de informação (integração, processamento e visualização da informação meteorológica) permite, por exemplo, analisar uma carta com observações meteorológicas ao nível médio do mar (vulgarmente chamadas de observações de superfície) determinando a localização, nestas cartas, de frentes frias, frentes quentes e frentes oclusas, bem como de centros de acção. Neste caso obtém-se, assim, uma carta meteorológica ao nível médio do mar (vulgarmente chamada de superfície ou análise subjectiva de superfície).
Também podem ser representadas em cartas meteorológicas observações em altitude, ou seja, em vários níveis da atmosfera. Contudo, estas observações existem com menor frequência temporal e menor densidade espacial, e são efectuadas essencialmente sobre terra, o que torna a análise destas cartas mais complexa.
Por outro lado, os resultados da execução dos modelos numéricos de previsão do estado do tempo são também representados em cartas meteorológicas. Estas cartas e as observações meteorológicas constituem as ferramentas básicas da previsão do estado do tempo.













Carta Meteorológica de superfície do Atlântico Norte e Europa

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Massas de Ar em Portugal Continental

O conhecimento das características dos diferentes tipos de massas de ar que atingem o território de Portugal Continental e da situação sinóptica a elas associada, é fundamental na análise das situações meteorológicas em tempo real e na previsão do estado do tempo no território.

Com efeito, as condições meteorológicas num local específico são determinadas pela dinâmica das circulações atmosféricas e pelas características da massa de ar nesse local. Estas características resultam de propriedades adquiridas pela massa de ar na região de origem e que poderão posteriormente ser alteradas pela acção de diversos factores ao longo do seu trajecto, desde a origem até ao local de observação. Daqui resulta muitas vezes que, embora as situações sinópticas sejam aparentemente idênticas, nem sempre as condições meteorológicas correspondentes são iguais. Está-se então perante dinâmicas da atmosfera diversas mas também perante massas de ar com origens diferentes ou, tendo tido a mesma origem, com alterações distintas durante o seu trajecto até ao local onde se encontram.
O estudo pormenorizado das massas de ar em Portugal Continental não é fácil tendo em conta que o território, situado na região sudoeste da Península Ibérica, sofre a influência de factores fisiográficos de dois grandes continentes, a Europa e a África, de um vasto oceano, o Atlântico Norte, e, em menor escala, de um grande mar interior, o Mediterrâneo; por outro lado, as grandes distâncias que o separam das regiões de origem da maioria das massas de ar que o invadem determinam nelas grandes alterações, com aquisição de propriedades que se podem considerar regionais.

Previsão Meteorológica

Os valores médios que caracterizam o clima de um dado local, dependem do intervalo de tempo utilizado e não apresentam os mesmos resultados quando se compara um ano com um decénio, ou com um século. Por outro lado, é importante dispor de séries longas de dados para se estudar as variações e as tendências do clima. O Instituto de Meteorologia, I.P., dispõe de séries de dados meteorológicos, cujas primeiras observações remontam a 1865.

Conforme convencionado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) o clima é caracterizado pelos valores médios dos vários elementos climáticos num período de 30 anos, designando-se valor normal de um elemento climático o valor médio correspondente a um número de anos suficientemente longo para se admitir que ele representa o valor predominante daquele elemento no local considerado. Segundo a OMM designam-se por normais climatológicas os apuramentos estatísticos em períodos de 30 anos, que começam no primeiro ano de cada década (1901-30, 1931-1960, ..., 1961-1990...). Estas são as normais de referência, embora se possam calcular e utilizar normais climatológicas nos períodos intercalares, por exemplo, 1951-80, 1971-2000.